JUVENTUDES E VIOLÊNCIAS NAS ESCOLAS

Autores

  • MIRIAM ABRAMOVAY Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais

Palavras-chave:

juventude, Juventudes, escola, cultura juvenil, violências, violências nas escolas

Resumo

O artigo realiza uma reflexão conceitual sobre o termo juventude, enfatizando como existem várias juventudes e que a idade não deveria ser o critério único para definir trajetórias juvenis. Em seguida, descreve como a sociedade mostra dificuldades em conceber os nossos jovens como um ator social fundamental, que deve ser escutado, culpabilizando-o por ser jovem, considerando-o, muitas vezes, “irresponsável”, “marginal”, fora dos padrões exigidos. A escola aparece como uma instituição social que marca a vida de nossas juventudes. Essa mesma escola não responde aos anseios dos jovens, não respeitando a cultura juvenil, criando situações de conflito que terminam em violências várias. As diversas formas de violências nas escolas são descritas e finalmente se mostra que a escola pode se tornar um espaço diferente daquele existente, um local protegido e de proteção, agradável, mudando com isso o clima escolar. Para tal há que mais se investir, na alteração do clima escolar com um maior estreitamento nas relações entre alunos, professores, pais e demais adultos da instituição.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

MIRIAM ABRAMOVAY, Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais

Pós Doutoranda da CLACSO, Doutora em Educação pela Universidade de Lyon, socióloga, pesquisadora, Coordenadora de Juventude e Políticas Públicas da FLACSO. 

Referências

ABRAMOVAY, M. (Org.). Cotidiano das escolas: entre violências. Brasília: UNESCO; Observatório de Violências nas escolas; MEC, 2005.

ABRAMOVAY, M.; CUNHA, A. L.; CALAF, P. P. Revelando tramas, descobrindo segredos: violência e convivência nas escolas. Brasília:RITLA, Secretaria de Estado de Educação e GDF, 2009.

ABRAMOVAY, M.; RUA, M. G. Violências nas escolas. Brasília: UNESCO, 2002.

ASTOR, R. A.; PITNER, R. O.; DUNCAN, B. E. Ecological approaches to mental health consultation with teachers on issues related to youth and school violence. Journal of Negro Education, 65(3), 1996. p.336-355.

BREINES, I. et al. Males roles, masculinities and violence: the culture of peace perspective. Paris: UNESCO, 2000.

CHARLOT, B.; ÉMIN, J. Violences à l’école: état des savoirs. Paris: Masson; Armand Colin éditeurs, 1997.

CHESNAIS, J. Histoire de la violence. Paris: Éditions Roberto Laffont, 1981.

CODO, W.; MENEZES, I. O que é burnout? In: CODO, W. (Org.). Educação, carinho e trabalho. Petrópolis: Vozes; Brasília, DF, CNTE; UnB, 2001.

DAY, N. Violence in schools: learning in fear. Berkeley Heights, NJ: Enslow Publishers, 1996.

DEBARBIEUX E. (Org.). La violence à l’école: aproches europèenes. Institut de Recherches Pedagogiques. Revue Française de Pédagogie, 1998.

DEBARBIEUX, Eric; GARNIER, Alix; MONTOYA, Yves; TICHIT, Laurence. La violence en milieu scolaire: 2–De desordre dês choses. Paris: ESF Editeur, 2001.

DEVINE, John. Maximum security: the culture of violence in inner-city schools. Illinois: The University of Chicago Press, 1996.

DUPPER, D. R.: MEYER-ADAMS, N. Low-level violence: a neglected aspect of school culture. Urban Education, v. 37, 2002.

FLANNERY, D. J. School violence: risk, preventive intervention and policy. Urban Diversity Series, nº 109, Eric Clearinghouse on Urban Education, Institute for Urban and Minority Education, Teaches College, Nova York, Columbia Univerty, 1997.

GOTTFREDSON, D. C. Schools and delinquency. Nova York: Cambridge University Press, 2001.

HAGEDORN, J. M. The american as apple pie: patterns in american gang violence. In: WATTS, M. W. Cross-cultural perspectives on youth and violence. Londres: Jai Press, Stamford, 1998.

HANKE, P. J. Putting school crime into perspective: self-reported school victimizations of high school seniors. Journal of Criminal Justice: [s.n.], 1996.

HAYDEN, C.; BLAYA, C. Violence et comportements agressifs dans les écoles Anglaises. In: DEBARBIEUX, É.; BLAYA, C. La violence en millieu scolaire: 3-dix approaches en Europe. Paris: ESF, 2001.p. 43-70.

MOIGNARD B. L’école et la rue: fabriques de délinquance. Paris: PUF, 2008.

MOSER, C.; VAN BRONKHURST, B. Youth violence in Latin America and the Caribbean: costs causes and interventions. Washington, D.C.: World Bank, 1999. (LCR sustainable development working paper: urban peace program series; 3). Disponível em: .

ORTEGA, Rosário. Project Sevilla contre la violence scolaire: um modèle d’intervention éducative à caractère écologique. In: DEBARBIEUX, Eric; BLAYA, Catherine (Org.). La violence em milleiu scolaire: 3-dix approaches en Europe. Paris: Ed. ESP, 2001.

PAIN, J. La Société commence à l`école. Maine-et Loire: Matrice éditions, 2002.

PAIN, J.. L’école et ses violences. Paris: Anthropos édition, 2006.

PAIS, J. M. Culturas Juvenis. Lisboa: Imprensa Nacional, Casa da Moeda, 1997.

SANTOS, J. V. T. dos A violência na escola: conflitualidade social e ações civilizatórias. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, vol.27, n. 01. pp. 105 – 122, Jan/Jun 2001.

SPOSITO, M. P. A instituição escolar e a violência. Cadernos de Pesquisa, São Paulo: Fundação Carlos Chagas, n. 104, p. 58-75, jul. 1998.

WESSLER, Stephen. Respectful school: how educators and students can conquer hate and harassment. Alexandria, VA, USA: Association for Supervision, 2003.

Downloads

Publicado

2013-06-10

Como Citar

ABRAMOVAY, M. . (2013). JUVENTUDES E VIOLÊNCIAS NAS ESCOLAS. Linguagens, Educação E Sociedade, (29), 229-250. Recuperado de http://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/article/view/1349

Edição

Seção

Artigos