PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE ALFABETIZAÇÃO: UM LEVANTAMENTO EM PERIÓDICOS DA ÁREANO PERÍODO DE 2010 A 2014

Autores

  • VIVIAN ANNICCHNI FORNER Universidade Católica de Campinas
  • ELVIRA CRISTINA MARTINS TASSONI Universidade Católica de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.26694/les.v1i37.7587

Palavras-chave:

Alfabetização, Formação de professores, Pesquisa bibliográfica

Resumo

Esse artigo apresenta uma pesquisa bibliográfica, norteada pelo seguinte problema: o que os artigos publicados nos periódicos qualificados na área da educação têm discutido sobre as práticas pedagógicas de alfabetização. O objetivo foi analisar o que esses artigos têm problematizado em relação a tais práticas. A pesquisa reitera as transformações sofridas pelo conceito de alfabetização, que alteram a compreensão desse conceito. Fundamenta-se teoricamente na concepção de linguagem como forma de interação, assumindo a interdependência entre alfabetização e letramento. A base de dados foi o Portal de Periódicos da CAPES e a expressão para busca foi “práticas pedagógicas de alfabetização”. Foram selecionados 23 artigos para estudo aprofundado, possibilitando a construção de cinco categorias: Estratégias de monitoramento de capacidades linguísticas; Concepções de professores sobre alfabetização e letramento; Políticas educacionais e currículo; Formação de professores e práticas pedagógicas; Alfabetização e as dificuldades de aprendizagem. Os resultados destacaram problematizações significativas para pensar o ensino e a alfabetização, mas, revelaram grande descompasso entre as práticas pedagógicas e os estudos teóricos contemporâneos. Algumas tendências foram identificadas nessas discussões, que ainda encontram grandes desafios: a alfabetização desenvolvida no contexto das práticas de leitura e de escrita enfrenta as incompreensões conceituais relacionadas ao letramento e à própria alfabetização, resultando em práticas pautadas pela repetição e controle; as dificuldades no processo de alfabetização têm levado a se repensar o ensino, mas, ainda geram encaminhamentos frequentes a especialistas, pois são consideradas dificuldades dos alunos; a interface com outras áreas de conhecimento é evidente, mas o risco de prescrições é grande, configurando certa supremacia de uma área sobre a outra; uma concepção de formação de professores que considera as demandas específicas de cada escola, versus uma formação universal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

VIVIAN ANNICCHNI FORNER, Universidade Católica de Campinas

Mestranda em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontífica Universidade Católica de Campinas/SP. Graduada em Pedagogia. 

ELVIRA CRISTINA MARTINS TASSONI , Universidade Católica de Campinas

Doutora em Educação. Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontífica Universidade Católica de Campinas/SP.

Referências

AMARAL, A. S.; FREITAN, M. C. C.; CHACON, L.; RODRIGUES, L. L.Omissão de grafemas e características da silaba na escrita infantil. Revista CEFAC, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v13n5/84-10.pdf.

BARBOSA DA SILVA, C. M. M.; SILVA NETO, J. G.A língua Portuguesa no ensino médio: conteúdos de ensino e o desenvolvimento da aula. Alfa: Revista de Linguística, 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/alfa/v57n1/13.pdf.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2011.

BERBERIAN, A. P.; BORTOLOZZI, K. B.; MASSI, G.; BISCOUTO, A. R.; ENJIU, A. J.; OLIVEIRA, K. F. P. Análise do conhecimento de professores atuantes no ensino fundamental acerca da linguagem escrita na perspectiva do letramento. Revista CEFAC, 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v15n6/219-11.pdf

BRASIL. Pró-Letramento – Programa de Formação Continuada de Professores dos Anos/Séries Iniciais do Ensino Fundamental: alfabetização e linguagem. Secretaria de Educação Básica – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.

CERUTTI-RIZZATTI, M. E. Ensino de língua portuguesa e inquietações teórico-metodológicas: os gêneros discursivos na aula de português e a aula (de português) como gênero discursivo. Alfa: Revista de Linguística, 2012. Disponível em: http://nela.cce.ufsc.br/files/2014/10/Cerutti-Rizatti2012.pdf

COELHO, C. L. G.; CORREAB, J. Desenvolvimento da Compreensão Leitora através do Monitoramento da Leitura. Psicologia: Reflexão e Crítica (UFRGS), 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/prc/v23n3/18.pdf

CRESTANI, A. H.; OLIVEIRA, L. D.; VENDRUSCOLO, J. F.; RAMOS-SOUZA, A. P.. Distúrbio especifico de linguagem: a relevância do diagnostico inicial. Revista CEFAC, 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/2012nahead/188-11.pdf

CRISTOFOLINI, C. Refletindo sobre a provinha Brasil a Partir das dimensões sociocultural, Linguística e cognitiva da leitura.Alfa: Revista de Linguística (UNESP), 2012. Disponível em: http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/4967/4137

CYRANKA, L. F. M.; MAGALHÃES, T. G. O trabalho com a oralidade/variedades linguísticas no ensino de Língua Portuguesa. Veredas (UFJF. Online), v. 16, nº 1, 2012. Disponível em: http://www.ufjf.br/revistaveredas/files/2012/10/Art-8-O-trabalho-com-a-oralidade-variedadesT%C3%A2nia-e-L%C3%BAcia-corrigidoformatado.pdf

EITELVEN, A. A.; FONZA, C. A. Batizando e ressignificando práticas pedagógicas no ensino da língua materna: o papel da formação continuada. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbla/v12n1/a02v12n1

FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita.Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.

GUTIÉRREZ-RODRÍGUEZ, M. J.; FLÓREZ-ROMERO, R. Enseñar a escribir en la universidad: saberes y prácticas de docentes y estudiantes universitarios. Revista Internacional de Investigación en Ciencias Sociales, 2011. Disponível em: http://revistas.javeriana.edu.co/index.php/MAGIS/article/view/3561/2675

GUZMÁN, R. J.; GUEVARA, M. Concepciones de infancia, alfabetización inicial y aprendizaje de los educadores y educadoras. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, 2011. Disponível em: http://revistaumanizales. cinde.org.co/index.php/RevistaLatinoamericana/article/view/76/34

JUSTINO, M. I. S. V.; BARRERA, S. D.Efeitos de uma intervenção na abordagem fônica em alunos com dificuldades de alfabetização. Psicologia: Teoria Pesquisa, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ptp/v28n4/09.pdf

KRAMER, S. A. Leitura e Escrita formação de professores em curso. São Paulo: Editora Ática. 2008.

KRAMER, S.; NUNES M. F. R.; CORSINO, P. Infância e crianças de 6 anos: desafios das transições na educação infantil e no ensino fundamental. Educação e Pesquisa. v.37, n.1, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v37n1/v37n1a05.

LEITE, S. C.; ELLIOT, L. G. Avaliação das capacitações docentes no Programa de Alfabetização de Crianças do Município de Resende, RJ. Meta: Avaliação, 2010. Disponível em: http://metaavaliacao.cesgranrio.org.br/index.php/metaavaliacao/article/view/95/118

MASSIGNAN, L. R. M.; OLIVEIRA, A. R.; KUBO, O. M.; BOTOMÉ, S. P.Dramatização de histórias infantis e a compreensão de leitura por crianças institucionalizada. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ptp/v28n2/04.pdf

MONTEIRO, M. I. Práticas incentivadoras e controle de aprendizagem na alfabetização. Revista do Centro de Educação UFSM, 2010. Disponível em: http://www.redalyc.org/pdf/1171/117116990008.pdf

NOBRE, A.; ROAZZI, A. Realismo Nominal no Processo de Alfabetização de Crianças e Adultos. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/prc/v24n2/14.pdf

OLIVEIRA, J. P.; NATAL, R. M. P.A linguagem escrita na perspectiva de educadores: subsídios para propostas de assessoria Fonoaudiologia escolar. Revista CEFAC, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v14n6/36-11.pdf

PEREZ, C. L. V. Alfabetização: um conceito em movimento. In: GARCIA, R. L.; ZACCUR, E. (orgs). Alfabetização: reflexões sobre saberes docentes e saberes discentes. São Paulo: Cortez Editora, 2008.

RIBEIRO, N.; SOUZA, L. A. P. Efeitos do(s) letramento(s) na constituição social do sujeito: considerações fonoaudiológicas. Revista CEFAC, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/2011nahead/203-10.pdf

ROCHA, M. S. P. M. L. “Parece um prezinho”: famílias de classes populares e o novo Ensino fundamental. Psicologia em Estudo, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pe/v15n3/v15n3a06.pdf

SAVELI, E. L. Ecologia de saberes: o diálogo entre a universidade e a alfabetização de adultos. Lectura y Vida, 2010. Disponível em: http://www.lecturayvida.fahce.unlp.edu.ar/numeros/a31n1/31_01_Saveli.pdf

SCHEIBE, L. Valorização e Formação dos Professores para a Educação Básica: Questões desafiadoras para um novo Plano Nacional de Educação. Educação & Sociedade (Impresso), 2010.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 2002.

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.

SOARES, M. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação. Jan /Fev /Mar /Abr, nº 25, p. 5-17, 2004.

SZYMANSKI, M. L. S.; BROTTO, I. J. O. Reflexões sobre as vozes contribuintes para a constituição da subjetividade profissional do docente alfabetizador. Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso, 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/bak/v8n1/a15v8n1.pdf

VYGOTSKY, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1991.

ZIBETTI, M. L. T.; SOUZA, M. P. R. A dimensão criadora no trabalho docente: subsídios para a formação de professores alfabetizadores. Educação e Pesquisa, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v36n2/a03v36n2.pdf.

Downloads

Publicado

2017-10-29

Como Citar

ANNICCHNI FORNER, V. ., & MARTINS TASSONI , E. C. . (2017). PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE ALFABETIZAÇÃO: UM LEVANTAMENTO EM PERIÓDICOS DA ÁREANO PERÍODO DE 2010 A 2014. Linguagens, Educação E Sociedade, (37), 275-296. https://doi.org/10.26694/les.v1i37.7587

Edição

Seção

Artigos