Arendt: Da filosofia da existência à crítica da filosofia política

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Alfons C. S. Bosch

Resumo

A biografia intelectual e pessoal de Hannah Arendt – indissociável a uma da outra – está marcada por duas datas. A primeira é 1924, quando entrou na Universidade de Marburg para estudar filosofia com Martin Heidegger. A segunda é exata, 27 de fevereiro de 1933, quando ao incêndio do Reichstag em Berlim se seguiram as prisões preventivas e ilegais nessa mesma noite. A própria Arendt foi arrestada e privada de sua liberdade durante um curto período de tempo. Convencida de que a partir desse momento não se podia olhar para outro lado, focou seus esforços na política e tornou-se uma de suas maiores teóricas. Tentamos realizar uma exposição sumária dos fundamentos filosóficos que informam o percurso da obra arendtiana, e dos quais em parte se separa, confluindo com a crítica da filosofia como tutora da política a partir dos diálogos de Platão. Mesmo recusando o nome de filósofa, Arendt nunca abandonou a filosofia como referencial teórico e é evidente que seu livro póstumo, A vida do espírito, não pode ser chamado de outra forma que de obra filosófica.

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Como Citar
S. Bosch, A. C. (2022). Arendt: Da filosofia da existência à crítica da filosofia política. Cadernos Arendt, 3(5), 152-170. Recuperado de http://periodicos.ufpi.br/index.php/ca/article/view/2592
Seção
ARTIGOS/VARIA