OS MICROFÓSSEIS E A HISTÓRIA DA BACIA DO PARNAÍBA DURANTE O PENNSILVANIANO E O PERMIANO: IDADES E AMBIENTES SEDIMENTARES REVELADOS PELOS PALINOMORFOS

Resumo

Microfósseis de parede orgânica (palinomorfos) são ferramentas de grande valor para as Geociências, permitindo correlações a longas distâncias, assim como datações relativas de estratos rochosos, de natureza marinha ou continental. Embora dados palinológicos ainda sejam relativamente escassos para a Bacia do Parnaíba, as poucas contribuições se mostraram úteis para fins de interpretação paleoambiental, correlação e datações relativas em determinados materiais de subsuperfície, recuperados por meio de perfurações. Este artigo apresenta uma revisão detalhada das publicações sobre a palinologia do Grupo Balsas, abordando o significado bioestratigráfico e paleoecológico, bem como as implicações cronoestratigráficas. Os trabalhos palinológicos realizados até o momento na Bacia do Parnaíba indicam idade de 315,2 - 307,0 milhões de anos (Pennsilvaniano) para os níveis estudados da Formação Piauí, e 290,1 - 266,9 milhões de anos (Cisuraliano médio ao Lopingiano) para os níveis analisados da Formação Pedra de Fogo. Em termos de paleoambiente, o registro palinológico indica uma deposição em corpos d´água salinos com aumento da aridez ao final da Formação Piauí e estabelecimento de um clima quente e árido nos depósitos da Formação Pedra de Fogo. Estudos em andamento e perspectivas para o futuro das pesquisas palinológicas na bacia são discutidos.

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